segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Aí está de novo a Feira da Luz.

A vida tal como a conhecemos nesta cidade volta a parar na 4ª feira próxima até à 2ª feira seguinte. Agora é a Feira. Feira da Luz, a feira de Setembro. Lá está representada a cidade com as instituiçoes, as empresas, o comércio, o gado, a diversão, os toiros. Combinam-se jantares de amigos que vêm de fora e se reencontram de ano a ano, as famílias passeiam inteiras, os adolescentes põe o look mais fashion, as crianças brincam e fazem birras. Os que são da terra não passam sem a feira e os que são de fora também já se renderam.
A feira do livro, como já vem sendo hábito lá estará também (feita pela Fonte de Letras numa organização da Câmara Municipal), e parece que já é uma das bandeiras do município.

Há luzes, música, pipocas e algodão doce. Agora vamos para a festa e a vida começa logo a seguir!

Feira da Luz, Montemor-o-Novo, 31.08 a 05.09.
Feira do Livro na Feira da Luz, horário: 4ª feira, inauguração oficial, 21h; 5ª, 6ª e 2ª feira, a partir das 18h, sábado e domingo, a partir das 10h.
Programa completo aqui.


sábado, 20 de agosto de 2011

A ver passar os comboios!


Hoje há festa no Beco da Torre, Torre da Gadanha.
Diz a Teresa: A Burrabolha (Quartos de Hóspedes na Torre da Gadanha, Montemor) tem agora apêndice, o Beco da Torre, um apeadeiro para quem não pretende apanhar nenhum comboio. Aqui pode beber ou comer algo, gozar de uma esplanada despretenciosa no campo ou alugar uma bicicleta para um passeio.
Sábado 20 de agosto celebraremos. Há voluntários para tocar e cantar ao vivo, directamente de França, GREG VOINIS (www.myspace.com/gregvoinis). Se mais alguem quiser trazer algum instrumento musical para a dita jam session (a que eu chamaria sessão de compota) à vontade.
A musica terá lugar mais ao fim da tarde, depois do calor, que afinal parece que vai chover, festa abençoada será!!!!
Trabalharemos de Quarta a Sexta das 12.00 às 22.00 e Sábado e Domingo, das 10.00 às 22.00. Também há Internet sem fios para esses dependentes.
http://burrabolha.blogspot.com/

sábado, 13 de agosto de 2011

No próximo dia 15, fechados para leituras.

Os vigilantes, do argelino Tahar Djaout, Assírio & Alvim, colecção Outros Lugares, 13€.

"Outros Lugares" pretende ser um contributo para o conhecimento desta nova realidade literária. Aqui se preocurará publicar obras contemporâneas exemplares da escrita narrativa de regiões pretensamente mais periféricas ou de autores cujo malfadado destino comercial não lhes permitiu ter no nosso país o reconhecimento editorial que literariamente merecem.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A silly season fica menos silly. E de caminho vê-se o Tejo.

A exposição “Bleuretália (achados, infructuosidades e quadros pintados)” de José Miguel Gervásio será inaugurada no dia 14 de Agosto, às 19h00, na Galeria Municipal do Montijo.
No Dia dessa cidade, em jeito de homenagem, a Galeria Muncipal recebe um artista plástico natural do Montijo, que foi distinguido com uma Menção Honrosa no Prémio Vespeira – Bienal Internacional de Artes Plásticas de 2008.
Não é em Montemor, é no Montijo, mas é o José Miguel.

Hoje há cinema no Convento da Saudação, Castelo.

O Cinecoiso e o Espaço do Tempo apresentam:
T E T R O
Francis Ford Coppola
EUA, P/B /Cor,
127' M12
Sexta-feira dia 12 de Agosto, a partir das 21:30h,

no Convento da Saudação.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Fonte de Letras e Monte Chora Cascas uma parceria de cama, mesa e livros.




Já foi há alguns anos atrás que esta longa amizade levou a dormir e a um jantar inesquecível escritores, músicos e artistas plásticos no Monte Chora Cascas (http://www.choracascas.pt/) - o delicioso e divertido jantar ainda hoje é lembrado em conversas, seja pelo escritor espanhol José Manuel Fajardo, pelo angolano Agualusa ou pela cantora Lula Pena, entre outros.

Agora o Chora Cascas foi renovado mas o encanto e o conforto continuam os mesmos. E a parceria passa agora por uma selecção de livros que deu imenso gosto fazer, porque a Sónia achou interessante que os seus clientes pudessem levar para casa mais alguma coisa para além da memória da estadia. Pode-se dizer que a ideia foi, como se diz agora nas artes e performances, um site specific, e da lista podemos destacar:

Uma casa em Portugal, Richard Hewitt

Regresso a casa e outros contos, Hermann Hesse

Hotel Majestic, J. G. Farrell

Hotel Finnbar, vários autores

Música, Hermann Hesse

Hotel Lusitano, Rui Zink

O direito à preguiça, Paul Lafargue

O prazer da leitura, M. Proust
Mas há mais... livros de arquitectura, lindíssimos livros infantis... Para irem sendo substituidos regularmente.

É feito disto, este Alentejo.

sábado, 6 de agosto de 2011

Os livros dos amigos de novo no escaparate!

Como as palavras dos amigos são do coração, seguem-se as palavras do crítico José Mário Silva, no suplemento Actual do jornal Expresso, de 30 de Julho passado:

"Uma coerência dadaísta

Tudo Voltaire ao Cabaré
Autor: Luís Serra
Editora: Apenas Livros
N.º de páginas: 28
ISBN: 978-989-618-336-3
Ano de publicação: 2011

Professor de Filosofia, Luís Serra (n. 1970) publicou até agora dois conjuntos de poemas, com tiragem reduzida e circulação discreta. Atentando no seu aspecto artesanal (folhas agrafadas, sem lombada, presas por um cordel), estamos mais próximos da noção de plaquete do que do conceito de livro. O que faz aliás todo o sentido, ou não se desse o caso deste «poeta do arrabalde» cultivar uma irreverência e um descentramento que colocam a sua escrita nas margens – ou talvez mesmo fora – do mapa oficial da poesia portuguesa contemporânea, se é que tal cartografia existe.À semelhança do primeiro trabalho (o desconcertante Brinquedos de Latão e Sarampo, 2009), Tudo Voltaire ao Cabaré reúne uma série de poemas muito breves, por vezes irónicos, outras vezes esquivos, vagos, ou então absurdos (melhor dizendo: não redutíveis a um qualquer sentido), mas capazes de fixar em três ou quatro versos uma ideia poética intensa. Constate-se a subtil acumulação de elementos sensoriais (imagem, som, tacto, desejo) do poema
Manhã leve e amarga:
os portões de madeira carunchosa

o murmúrio do alambique
a luz e o gato que brincam recônditos
o amor flutuante em urgências perversas

Como o título da obra sugere, estes textos são varridos por «ventos fortes de coerência dadaísta». Luís Serra é sensível à força bruta dos acasos vocabulares, à sua incongruente beleza. Está atento às «derrapagens» e «atritos», ao que é «bambo» e «sem acerto», à «passageira arte com ferrugem». Quando pode, finta a semântica, essa «senhora / tão fora de horas». E oferece-nos, entre alguns poemas falhados, visões fulgurantes (exemplo: a nespereira «a um canto do pátio / como ardil amarelado / que não deserta»).
Avaliação: 7/10"

Só um pequeno à parte: o Luís vai com certeza gostar de saber que na Fonte de Letras está encostadinho à Marilyn Monroe - A Última Sessão.