quarta-feira, 1 de julho de 2015
Apresentação do livro Linhas Vermelhas, de José Manuel Pureza, 7 de Julho, 3ª feira, 18h.
O Portugal do próximo futuro será evidentemente um país mais pobre, resultado da
redução salarial generalizada, da brutal penalização das reformas e da perda de
salário indireto traduzida no esfacelamento prático das políticas de
universalidade de serviços públicos essenciais como a educação, a saúde ou a
segurança social. Não se trata de uma consequência entre outras e muito menos de
uma espécie de efeito colateral não desejado do programa de ajustamento. Não, o
empobrecimento e a penalização do trabalho foi - e é - o núcleo essencial do
programa da crise-como-política concretizado em Portugal. Para a
crise-como-política não há linhas vermelhas. A luta por essas linhas
inultrapassáveis, sempre mais avançadas, em vista da transformação profunda dos
mecanismos que as tornam necessárias, está no coração da identidade histórica da
esquerda. Diante da pujança inédita da crise-como-política, ela é mais
importante hoje que nunca. É dessa luta que dá conta este livro. E é nela que
toma partido..