terça-feira, 31 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
O melhor título.
Depois da descoberta do cinema iraniano está agora ao alcance de todos a descoberta da literatura iraniana, num "bouquet dos melhores contos e excertos de romances escritos dentro e fora do Irão desde a Revolução, proporcionando assim um novo acesso a uma literatura em grande parte ainda por descobrir e um contributo para o melhor entendimento de uma cultura rica e complexa" (texto da contracapa).
Um Bom Escritor é Um Escrito Morto, Antologia de Escritores Iranianos
Vega, 18,38€
Um Bom Escritor é Um Escrito Morto, Antologia de Escritores Iranianos
Vega, 18,38€
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Bica Bio.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Agora que é o tempo depois das férias fica o poema todo.
Orla Marítima
O tempo das suaves raparigas
é junto ao mar ao longo da avenida
ao sol dos solitários dias de dezembro
Tudo ali pára como nas fotografias
É a tarde de agosto o rio a música o teu rosto
alegre e jovem hoje ainda quando tudo ia mudar
És tu surges de branco pela rua antigamente
noite iluminada noite de nuvens ó melhor mulher
(E nos alpes o cansado humanista canta alegremente)
"Mundança possui tudo"? Nada muda
nem sequer o cultor dos sistemáticos cuidados
levanta a dobra da tragédia nestas brancas horas
Deus anda à beira de água calça arregaçada
como um homem se deita como um homem se levanta
Somos crianças feitas para grandes férias
pássaros pedradas de calor
atiradas ao frio em redor
pássaros compêndios de vida
e morte resumida agasalhada em asas
Ali fica o retrato destes dias
gestos e pensamentos tudo fixo
Manhã dos outros não nossa manhã
pagão solar de uma alegria calma
Da terra vem a água e da água a alma
o tempo é a maré que leva e traz
o mar às praias onde eternamente somos
Sabemos agora em que medida merecemos a vida
O tempo das suaves raparigas e outros poemas de amor,
Ruy Belo
Assírio & Alvim, 2010, Colecção Gato Maltês, 7,50€
O tempo das suaves raparigas
é junto ao mar ao longo da avenida
ao sol dos solitários dias de dezembro
Tudo ali pára como nas fotografias
É a tarde de agosto o rio a música o teu rosto
alegre e jovem hoje ainda quando tudo ia mudar
És tu surges de branco pela rua antigamente
noite iluminada noite de nuvens ó melhor mulher
(E nos alpes o cansado humanista canta alegremente)
"Mundança possui tudo"? Nada muda
nem sequer o cultor dos sistemáticos cuidados
levanta a dobra da tragédia nestas brancas horas
Deus anda à beira de água calça arregaçada
como um homem se deita como um homem se levanta
Somos crianças feitas para grandes férias
pássaros pedradas de calor
atiradas ao frio em redor
pássaros compêndios de vida
e morte resumida agasalhada em asas
Ali fica o retrato destes dias
gestos e pensamentos tudo fixo
Manhã dos outros não nossa manhã
pagão solar de uma alegria calma
Da terra vem a água e da água a alma
o tempo é a maré que leva e traz
o mar às praias onde eternamente somos
Sabemos agora em que medida merecemos a vida
O tempo das suaves raparigas e outros poemas de amor,
Ruy Belo
Assírio & Alvim, 2010, Colecção Gato Maltês, 7,50€
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