terça-feira, 26 de outubro de 2010

Apresentação do livro "O campo vem à cidade - agricultura biológica, mercado e consumo sustentável", dia 30 às 19h.

A Fonte de Letras associa-se com orgulho ao evento Ao encontro da semente 2010 - Montemor-o-Novo, da Associação Colher para Semear, com a apresentação do livro de Mónica Truninger, "O campo vem à cidade - agricultura biológica, mercado e consumo sustentável", edição ICS.
Fica o programa do encontro e a capa da publicação da Associação, O GORGULHO.



sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Um documento histórico sobre a identidade portuguesa.

O livro Tourada - tradição portuguesa, de Manuel H. Domingues- Heleno, foi lançado em Setembro no Museu Nacional dos Coches e chegou agora às livrarias. É um documento de identidade cultural importante e bonito de se ver.
Sobre o que o levou a escrever sobre este tema, o autor explica “pareceu-me que o delicado momento tauromáquico actual aconselhava a que se publicasse um trabalho minudenciado, lembrando que as festas de touros em Portugal são tão antigas como a nacionalidade, recordando que elas evoluíram com a cultura, e mostrando que sem Tourada se extinguiria uma tradição histórica, multissecular e única no mundo, tradição essa que nos distingue dos outros povos e que contribui para evitar a globalização dos costumes. Sem esquecer que na ausência de corridas de touros, desapareceria também o maior animal selvagem da Europa.”
Tourada - tradição portuguesa, de Manuel H. Domingues-Heleno, P.V.P. 111€
À venda na Fonte de Letras

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Inauguramos: Crítica literária pelos clientes.

Cathcart T, Klein D."Heidegger e um hipopótamo chegam às portas do Paraíso". Publicações Dom Quixote.
Custo: 65,9 euros/kg, 5,7 cêntimos/pág.
Avaliação: +2 ** (guardar e ler outra vez)

Um livrinho um tanto para o caro, sem dúvida devido aos grafismos e impressão a duas cores. No entanto, não nos deixa a chorar o dinheiro, porque é uma experiência - para quem gostar destas experiências, entenda-se. Tom e Daniel, dois "estudantes de filosofia reformados", levam-nos numa viagem turística pela filosofia envolvida na natureza da vida, da identidade pessoal, no significado da vida (é o nome da coisa!), da sobrevivência, e de muitos assuntos mais ligados à teologia.Como preconceituasamente se espera do grafismo, não é profundo. Mas também não é completamente amencial. É, enfim, uma versão turística, ou adolescente tardia séria ("nerd"), amenizada pela narrativa filosófica informal dos assuntos, e muitas piadas, seja em "cartoon", seja anedotas.Se fosse realmente útil a quem se interessa por filosofia estava nas listas de leitura dos principiantes. Não está. No entanto propõe diversos problemas que podem ter escapado a quem, durante a vida, pensou nestes temas. Como é evidente, não interessa a quem não pensa neles, mas mostrem-me uma pessoa dessas, porque nunca a vi; era um achado.A filosofia, nesta última década e desde "O Mundo de Sofia", tem despertado interesse nas pessoas, em especial as suas apresentações introdutórias e pouco maçudas. Se por um lado "O Mundo de Sofia" teve críticas por parte de filósofos, aparentemente devido a erros ou omissões que acharam importantes, também parece haver algo como um procurar, de novo, o significado, o sentido e a qualidade das coisas; isto talvez porque a "fast life" não providencia mais do que quantidade. Neste momento, ler e conhecer filosofia é um ato contra-cultural e potencialmente subversivo.A apresentação da filosofia como conjunto de temas (as chamadas Grandes Questões) é, sem dúvida, uma apresentação que se dirige mais às pessoas do que a apresentação escolar clássica, feita da descrição do pensamento dos grandes filósofos. No fundo, nós pensamos em questões, e não em ideólogos e ideologias, a não ser que estejamos comprometidos e já não livres.Quer como sequência, para os principiantes interessados em filosofia, quer como livro inicial, sugiro "Que quer dizer tudo isto?", de Thomas Nagel, da Gradiva, com o infeliz preço de 9,90 euros por 100 páginas e meio centímetro de espessura em formato A5. Trata-se de uma coleção miniatura de temas de filosofia, apresentados com profundidade mediana e estilo coloquial; e está nas listas de leitura dos estudantes noviços da filosofia. A minha sugestão para o nível seguinte a este livro de Nagel está de novo disponível, depois de ter estado esgotada (Blackburn S. "Pense: Uma introdução à filosofia". Gradiva.)

Crítica e fotografia: João Magalhães (escreve segundo o novo acordo ortográfico)
De referir que a classificação deste ávido leitor varia entre 0 - livro a deitar fora; +1 - oferecer depois de lido e +2 - guardar e ler outra vez.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Portugal real.

O trânsito estava lento hoje de manhã na estrada Montemor-Escoural. A vizinha Delfina foi à Câmara para saber se "já se pode queimar moita". O desassossego das ambulâncias a grande velocidade, ontem, acabaram na notícia trágica de que foi um homem que se enforcou no campo. Esta é a terra e o caminho vai-se fazendo.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Às vezes esquecemo-nos da genialidade de alguns.

Entre as 29 caixas de livros da Assírio & Alvim acabadas de chegar, vêm preciosidades que já quase estavam esquecidas. E foi impossível não dar uma espreitadela a Em Portugal não se come mal, do MEC. Genial e de chorar a rir! Do texto intitulado "Não deixemos morrer a travessa:" ... Nos restaurantes de vanguarda, são os próprios empregados que transmitem as instruções do chefe acerca da ordem e da maneira correcta de comer o metafórico prato: "Primeiro dá uma trinca no gelado de carapau; depois mistura uma colher de espuma de escabeche na boca; dá um golo deste vinho e, quando estiver prestes a engolir, levante a cabeça e eu dar-lhe-ei uma bombada de maresia de ostras no focinho." Foi sorte não ter entrado nenhum cliente nos minutos a seguir, porque não iria entender a hilariante situação.

Em Portugal não se come mal, de Miguel Esteves Cardoso, Assírio e Alvim, 24€

domingo, 10 de outubro de 2010

Castelo de Montemor com iluminação cénica.

Foi inaugurada no dia passado dia 5 de Outubro às 21h a iluminação cénica do castelo de Montemor, assim foi anunciado no programa do Centenário da República na cidade. Os mais distraídos foram surpreendidos nesse ou noutro dia, à noite, quando olharam para o castelo. Certo é que se adormeceu sem dúvida noutra cidade, porque o cenário muda completamente olhe-se de onde se olhar. Há árvores que nunca lá estiveram, pormenores da paisagem que estavam ocultos na noite, um skyline incrivelmente diferente. Para tudo voltar a adormecer em paz à meia-noite.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Visitas de Sábado.

Imagem retirada de MCO Arte Contemporânea: http://mco.ethertype.com/mcocms6/

A artista plástica Alice Geirinhas passou no Sábado e ficou contente por a Fonte de Letras estar com “bom ar”. Ficámos contentes também. Pela visita e pelo bom ar. E à saída a Alice desafiou para que a desafiassem a fazer uma exposição dos seus trabalhos na Livraria (há anos atrás Alice foi uma das artistas plásticas presentes no Danças com Livros – iniciativa da Fonte de Letras e do Espaço do Tempo de Rui Horta). Terminou assim animado um sábado tranquilo de mais.