sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Quando a música é boa ser livreiro é a melhor profissão do mundo.

É claro que há muitos vícios de se ter sido publicitário durante 12 anos e por isso gostar-se fanaticamente da série de TV Mad Men, e também é verdade que fora do contexto as músicas perdem um bocadinho, mas hits como Blue in Green por Miles Davis, Manhattan por Ella Fitzgerald ou The end of the World por Skeeter Davies ouvidos numa livraria logo pela manhã fazem qualquer livreiro mad about his business.
Music heard on the hit series Mad Men - CD Triplo, 13€

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Precisa-se de Maurícios da Gama para ultrapassar a crise.

Alguns livros infantis têm lições a tirar, outros são só divertidos. Maurício da Gama é novo cá na escola é as duas coisas e é muito, muito bom. David Mackintosh é o ilustrador irlandês que é o autor desta divertida história sobre um menino de quem à partida na escola todos desconfiam porque nem sequer tem TV em casa, mas na sua festa de aniversário Maurício da Gama recebe os amigos a tocar Parabéns a Você no piano que ele e o pai construiram, todos brincam com o comboio electrico do Sr. Gama e muitas outras coisas inimagináveis para alguns (meninos e pais). E no final, os meninos levam para casa saquinhos com Luvas-de-Garra-de-Monstro, pó de comichão e cápsulas de sangue.
Com meninos e pais assim Portugal ainda poderia ser diferente.
Maurício da Gama é novo cá nas escola, Planeta Junior, 13,30€.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Mais uma noite de insónia.



Parece um obituário mas é só um texto de um excelente profissional da música garvada em disco que foi recebido ontem por email. Obrigada por tudo, Vitor. Apareça.


"Caros amigos
Depois de 22 !!! anos na " DARGIL é DarJazz " ( frase de José Duarte penso eu ) a partilhar a música com todos vós, eis que finalmente chegou a minha hora de ter que deixar a empresa na qual julgo que servi da melhor forma que sabia; juizo esse a ser feito por vós se for caso disso.
Partindo primeiro dos músicos e seus novos discos, dos concertos, dos criticos e por último e não menos importante das lojas de venda de discos, ( infelizmente já poucas subsistem mas fundamentais neste negócio), durante este tempo pude usufruir desta nossa pequena/imensa minoria onde se juntam todos em prol de um objectivo comum; a paixão pela música.
Os tempos estão dificeis e nesta altura as empresas/editoras ditas " indies " não fogem ao contágio da crise.
Visto o poder de compra ser cada vez menor nos últimos anos, as pessoas descobriram nessa preciosa ferramenta dos dias de hoje que é a internet, o modo fácil e barato de aceder à sua musica. Se por um lado veio dar a conhecer musicos que eram impensáveis de chegarem a algum lado, por outro deu a oportunidade das pessoas irem buscar o que queriam gratuitamente ou seja aceder à música a custo zero. Pena é não conseguirmos de igual forma tudo o resto.
Restam as lojas da fnac, El Corte Inglês, as poucas outras e as ditas especializadas como Trem Azul.
Tal como as coisas estão e para aqueles " velhos " resistentes do formato fisico a alternativa será mesmo esta: internet. Ou compram nos mais variados sites de venda sobejamente conhecidos ou directamente aos sites das editoras.
Posto isto desta forma que julgo realista, não me resta outra alternativa senão a de sair.
Continuarei a manter acesa esta paixão pela música da mesma forma que até aqui cheguei.
Um muito obrigado a todos vós
e até Jazz
Vitor Natário"

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Email aberto à Leya (Dom Quixote, Caminho, Asa, etc)

Caros Senhores,
Lamento mas não tenho mais paciência para estas reclamações “por escrito” - como diz o delegado comercial da Leya para eu fazer para o seu director. Não sei porque não chega a chamada telefónica que fiz para o telemóvel do comercial, que custa caro, mais o telefonema para o serviço a clientes da Leya, que custa dinheiro! Pois se quer a um quer a outros perguntei e reclamei pelos livros que encomendei e não chegaram, que são as novidades interessantes a sair no momento – Lobo Antunes, Agualusa, Miguel Real, Herta Müller – que pedi ao mesmo tempo que livros do Ruca e da Chicco e do Lego, e esses sim, chegaram cá!!!!

Os livros interessantes não chegam, como não vai chegar provavelmente, o novo livro do Saramago. Estarão com certeza pilhas deles nos hipermercados e afins, para depois voltarem devolvidos para a editora daqui a algum tempo enquanto a Fonte de Letras receberá talvez a 3ª edição daqui a uns tempos e depois de ter dito envergonhada e lacónica, aos clientes habituais e que dão valor à 1ª edição, “peço desculpa, não chegou!!”
Estou cansada e tenho vergonha que os cliente saibam disto.