terça-feira, 9 de dezembro de 2008
JAZZ COVERS. Fonte de Letras mais underground.
Depois de muitas conversas, vários telefonemas, insistência incansável e atraso considerável, chegou 1 exemplar de Jazz Covers (Taschen) à Fonte de Letras. É pena, porque mesmo antes da apresentação a nível nacional já alguns clientes perguntavam pelo livro. É pena, até porque o livro foi feito a partir da ideia e da fabulosa colecção de discos do português Joaquim Paulo. É pena que todos os amantes de jazz portugueses não possam ter 1 exemplar. Na Fonte de Letras ficará para sempre 1 exemplar para quem quiser consultar, mexer, ouvir! A Fonte de Letras fica assim um bocadinho mais próximo dos clubes de jazz de Nova York, daqueles bem underground onde não se pode fumar mas a sala está sempre cheia de fumo...
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Alegrem-se os céus e a terra.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Talvez a Meryl Streep e o De Niro se cruzem cheios de sacos.
domingo, 23 de novembro de 2008
Aos fins-de-semana, migas com livros.
É sempre bom falar com Mega Ferreira sobre livros e escritores, na sua visita gastronómica regular!
sábado, 22 de novembro de 2008
Livros de filosofia para crianças que dão nós na cabeça dos pais.
domingo, 16 de novembro de 2008
Parabéns à Taschen por fazer 25 anos durante vários anos!
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Para uma noite cheia de lua cheia.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
A outra viagem do elefante.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Férias de Agosto para ler em qualquer mês do ano - Cesare Pavese.
1ª edição, 1965, Editora Arcádia, tradução de Ana Hatherly.
2ª edição, Setembro 2008, Quasi Edições, tradução de Ana Hatherly revista pela própria.
Tanto tempo de espera dói.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Chegaram discos novos. E discos eternamente novos.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
O Algarve de moças nuas de felicidade a brincar nas ondas e doces figos secos ao sol.
sábado, 25 de outubro de 2008
Quais D. Sebastião!
domingo, 19 de outubro de 2008
"A Árvore Generosa" cumpriu-se.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Paixão pelas capas da nova colecção de bolso Leya Biis.
Apetece tirar férias e ler todos os livros da Leya Bis de seguida... A 5,95€ cada.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Horário de Inverno.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Livros na taberna.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Ainda a tempo de ver a exposição!
"O sol Branco", José Miguel Gervásio, 1997, uma edição & etc.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Um café para a mesa do fundo!
Pergunta o entrevistador ao senhor Mozart:
"A tocar não ganharia mais dinheiro?"
"Por vezes. Mas 100 ducados por uma ópera não é nada mau! E agora 50 ducados por um Requiem - fácil!
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Massagens ao ego ou outras.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
On the road again.
sábado, 20 de setembro de 2008
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Oito anos, um dia e algumas histórias de amor.
A Fonte de Letras inaugurou no dia 16 de Setembro de 2000. Faz hoje oito anos, um dia e algumas histórias de amor: das verdadeiras, por um cliente, que até já deu um filho; e também das outras, por escritores que se descobriram, pelo trabalho de aprender a conhecer os clientes e saber o que vão escolher, pelas manhãs em que a luz entra pelas janelas e a livraria é a mais bonita do mundo, pela surpresa que é abrir caixas com livros todos os dias, pelos escritores que por aqui passaram e alguns já nos deixaram mas que nos fizeram rir muito, pelas agendas Moleskine que chegam e apetece ficar com uma de cada... E pelos livros que ficam eternamente na lista dos que queremos ler um dia.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
A árvore generosa está morta.
"Um sábado bem passado ao pé de uma Fonte de Letras
... e por ruas muito promissoras fomos dar à...
... livraria "Fonte de Letras" para apresentar "A árvore generosa". Foi um dia verde em Montemor-o-Novo, na companhia de muita gente que se juntou ao pé de uma árvore, ali em frente, para ouvir a história. Obrigado à Helena Girão e a todos os que lá estiveram. Agradecimento especial ao Diogo, ao Eduardo e ao João, ouvintes atentos que nos ofereceram desenhos que em breve aqui vamos colocar."
Hoje, dia 16 de Setembro, a grande árvore do largo está morta!
Segundo os "vizinhos" a injecção letal foi dada pelas autoridades; razões, alvitram-se várias, como sempre!
Certa, é a grande tristeza de que o largo não voltará a ser o mesmo. Certo, é o facto de a árvore lá estar muito antes de muitos. Certo é o calor que faz todos os Verões neste Alentejo profundo e o facto de a árvore ser porto de abrigo de novos e velhos que aí descansam, brincam ou conversam.
Mais do que nunca o livro "A árvore generosa" da Bruaá Editora faz sentido. O que é muito triste...
sábado, 13 de setembro de 2008
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Que terra é esta?
Que terra é esta? Que País é este?
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Em Setembro, é a Feira de Setembro
E lá do alto o Canguru Louco avista o castelo sempre a dançar!
sábado, 30 de agosto de 2008
Olá Alface!
Folhas caídas, raízes ao alto
Em Setembro, era a Feira de Setembro: um ano à espera das lindas meninas de Lisboa ou Évora ou Beja e dos seus perfumes inéditos na vila, e dos vestidos esplendorosos delas, e dos seus cabelos enfeitiçantes (aqui vai um adjectivo que em meados de 60 principiaria – coitado – a sua queda inexorável), madeixas a que uma boa esguichadela de laca conferia estatuto de armadura virginal. Havia, quando havia, baile no Club (toca o Pinto ou não toca o Pinto) e as meninas de Lisboa esbanjavam sotaques cosmopolitas e não traziam mães na bagagem. Alguns de nós, da fogosa mocidade montemorense, ainda usávamos calções apesar das juvenis pernas peludas, e quero querer que tal incongruência haja calado fundo na alma dançante das desejáveis meninas de Lisboa a quem as amigas da terra concediam ciumenta liberdade vigiada.
Havia touradas na Feira de Setembro, à época um prazer unânime, e os corações da nossas raparigas enlanguesciam com o aparato equestre do Mestre Baptista, com o garbo desafiador dos forcados locais (eh toiro lindo) e quero imaginá-la à noite sonhando eroticamente com touros desembolados e demais bravuras da idade.
Na Feira, motor popular, procurávamos os carrinhos de choque e mui solicitados eram então os muitos filhos do presidente Vacas, que recebiam dos feirantes bilhetes à borla e que nesses dias se faziam rogados. Teremos ido ao circo Mariano, casa de milagres que remetia para Fátima, e ríamos com um palhaço inevitavelmente imitando o Cantinflas, e chegámos a ver o celebrado ilusionista conde Aguilar, e muito burro velho vimos aguardando as dentuças amarguradas de tigres sonolentos e panteras insones. E depois espiávamos as acrobatas do arame dado constar poderem elas ser mulheres de cativar fácil ainda que tal tentação se situasse fora das nossas esqueléticas semanas. Obliquávamos, por isso, na direcção mais módica das expostas tendeiras do tiro ao alvo e da seta no ás de paus. Alguns de nós, felizardos, teremos conhecido aquela pobre carne comercial (vai um tirinho?). Mas já passou. Anos houve, raros e cheios, com gincanas de carros em piruetas de pó no campo da bola (o Lampreia era herói), e concursos de hípicos obstáculos onde bairristicamente torcíamos pelos irmãos Malta da Costa (Emílio, Filipe e Manel?) a quem copiávamos cavalgando em casa cabos de vassoura e criadas mais robustas.
E anos houve, raros, com quermesse no jardim público e barraquinhas de pré-tias generosas, e apostaria que uma noite descortinei por lá o brilhante empastado cabelo de Carlos Ramos e sua voz rouca amestrada.
Era Setembro. Lembro: amoras, uvas, figos e gamboas roubadas à ida e vinda da Pintada ou do Pego do Poço; Lerpa noctívaga na Pedrista, king vespertino na frescura no Rádio Cine, incansáveis desafios no Rossio (muda aos 6, acaba aos 12), hóquei patinado à sombra de Adrião e Livramento no rudimentar ring lá de casa, sprints ciqulísticos à pala do Corvo, do Peixoto e do Perna Coelho, épicos cinco niques e saltos kamikaze na inteira-caganeira, fisgas de precisão futurista nas muralhas do castelo.
E, aos domingos, jogos do ‘nião (U-ni-ão-U-ni-ão) com o Rubira feito seta apontada à baliza adversa e o espanholito Vinueza, esse florentino do castigo máximo. Ou o Pascoal, o Quim, o Gatinho, o Frazão, que nos cumprimentavam na rua a caminho de uns torresmos e passarinhos fritos no Daniel Voltinhas.
Com Setembro, terceiro dos 3 enormes meses das férias grandes, vinha em cúpula essa felicidade redonda de ler Eça ou Aquilino ou Camilo ou cabazadas de FBIs no quarto semi-obcurecido pelas semi-serradas madeiras das janelas. E o gozo de engolir o Fúria e o Bonanza (ave, Joe Pequeno) no preto e branco dos catatónicos televisores das sociedades recreativas. E a maravilha de mergulhar nas esplanada do Monte Alentejano e ver o nocturno écran e o céu estrelado encherem-se das lágrimas de Miguel Strogoff, da guedelha aparada de Sansão, do tiroteio planetário de Yul Bryner, na gritaria pirómana de Tarzan, da coragem fundadora de Kirk Douglas (I’m Spartacus). E no céu planarem as mamas estrondosas de Sofia Lauren, os gorjeios salpicantes de Marisol, os langores desgraçados de Sissi, os desatinos canoros de Joselito.
Em fundo, ao fundo, alguém trabalha a terra, alguém governa o sangue da terra enquanto o meu pai passeia olhos de fim de tarde pelos amores-perfeitos do jardim e eu me divirto a dar banho ao cão e a minha mãe ciranda pela casa toda. Setembro está quase a acabar, Setembro vai recomeçar.
Alface
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Ainda os livros de bolso.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
- "Mas o Gógol, só com as traduções de Nina e Filipe Guerra!"
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Festival Escrita na Paisagem amanhã em Montemor.
O Festival Escrita na Paisagem (festival de performance e artes da terra) encerra a sua programação de Agosto com o espectáculo de Kubik sobre o filme A felicidade de Medvedkine.
Olhar satírico e risonho sobre a casa (temática central da edição deste ano do Festival), da autoria do exemplar, ainda que amplamente desconhecido, realizador russo Alexandre Medvedkine (1900-1989), A felicidade (1934) contando-nos a estória de uma família de camponeses da Rússia czarista tão pobre que até os ladrões lhes dão esmola. Em busca da felicidade, o camponês sai de casa e parece encontrá-la quando acha uma carteira cheia de dinheiro. Com o achado compra um cavalo e melhora substancialmente a colheita, mas depressa se vê roubado por todos os protagonistas da velha ordem social pré-revolucionária: padres e freiras, patrões, ladrões, polícias e militares, todos reclamam o seu quinhão. Só depois da revolução bolchevique (1917) e de alguns episódios épicos a felicidade chega, num percurso marcado por constantes gags e um regresso a casa redentor.
Kubik (Victor Afonso), jovem compositor português galardoado em 2005 com o Prémio Público e que conta já com vários discos editados e um vasto leque de concertos nacionais e internacionais, fala-nos assim da sua abordagem ao desafio que lhe foi lançado pelo Festival: «Pretendi que houvesse uma relação dinâmica entre a imagem e a música, recorrendo a múltiplas sonoridades, texturas, ambientes e estilos musicais (com programações electrónicas e instrumentos avulsos - concertina, guitarra eléctrica, harmónica, flautas, xilofone, percussão).»
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Happy Hour com livros.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
A vizinha Honorata vem todos os dias mas não sabe ler.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Mestre Salgueiro, o Top dos Tops na Fonte de Letras.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
O tempo das férias.
É assim o Alentejo, esse destino exótico com livraria ao fundo.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
O primeiro livro a ir para o saco!
Um livro cheio de histórias sem palavras sempre a correr atrás de uma história com bolo! Pode ser este o primeiro a ir para o saco dos livros das férias.
Nota-se desde há alguns meses um novo fôlego na edição da Caminho na área infantil. Para se juntar à Kalandraka, à OQO, à Bruáa, à Gatafunho... Há histórias realmente fabulosas. Viva o livro infantil!
"Pequenos gestos diários podem contribuir para um Mundo mais saudável. Este saco foi pintado pelas crianças do Centro Lúdico de Santiago do Escoural no Alentejo." Custa 1,30€, valor entregue na totalidade à Instituição.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
O livro mais bonito.
The end of the game, livro de 1965 do fotógrafo Peter Beard, numa reimpressão cuidadíssima da Taschen, com novo prefácio de Paul Theroux. Fotografia, ilustração, textos manuscritos de Karen Blixen, África selvagem, caçadores brancos, a última fotografia de Denys Finch-Hatton... Impressionante, quando uma caçada rendia 996 "Rhinos".