O livro não chega, mas comprá-lo é uma homengem. Ter ouvido José Megre, ao chegar de noite a Tânger, depois de um dia de viagem cansativo e das burocracias da travessia de barco para Marrocos, com as janelas do jipe abertas na praça com cafés cheios de homens e burburinho, respirar fundo e dizer "Adoro Marrocos - por mais vezes que aqui venha", é muito mais do que o livro. Ter ouvido José Megre dizer que do que gostava mesmo era de sair da porta de casa no seu carro, o jipe, e assim chegar ao outro lado do mundo (apesar das travessias de barco ou avião), é muito mais do que o livro. Ter ouvido José Megre contar histórias sobre as suas viagens é quase mais do que ter lido todos os livros do mundo menos um.
Agora ficou um deserto.