quarta-feira, 23 de setembro de 2015
Morreu Vitor Silva Tavares, o editor da &etc.
http://www.publico.pt/n1708485
Vitor Silva Tavares, 78 anos, morreu nesta segunda-feira de manhã no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde tinha sido internado uma semana antes devido a uma infecção cardíaca. A família pretende fazer uma cerimónia privada e prefere não divulgar publicamente informações sobre a mesma.
Os livros ficam, o editor desaparece. Era fácil
ficar horas a ouvir Vitor Silva Tavares porque já ninguém fala como ele,
um português de língua afiada e refinada, elegante e pé-descalço (ele
diria: “do melhor Gil Vicente”), algo que partilhava com o amigo João César Monteiro, tanto quanto a magreza e o espírito libertário. Em 2014, quando o PÚBLICO falou com ele a propósito da edição da obra escrita de César Monteiro,
Vitor Silva Tavares confessou que a morte do cineasta, em 2003, deixara
um vazio que não tinha sido preenchido. Silva Tavares referia-se a um
vazio pessoal, naturalmente, mas também estava implícito um vazio
colectivo. O mesmo acontece agora, com a morte de Silva Tavares, um dos
mais originais e radicais editores portugueses. É toda uma geração, de
resistência cultural e política, que tem os dias contados.
“Perdemos
o último dos resistentes, o pai de gerações e gerações de poetas. Há
muita gente que lhe vai sentir a falta. Mesmo muita”, diz Paulo da Costa
Domingos, poeta e editor da Frenesi, que se cruzou com Vitor Silva
Tavares no início da década de 1970, quando o editor o publicou pela
primeira vez, ainda na revista &etc que viria a converter-se na lendária editora com o mesmo nome.
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
sábado, 12 de setembro de 2015
Clientes diferentes, o sucesso do costume. Feira do Livro da Feira da Luz, Montemor-o-Novo
Qual é o segredo? De onde vem esta gente? Livros porquê?
As perguntas continuam mas continuam sem resposta! A feira do livro da Feira da Luz de Montemor continua a ser o sucesso do costume.
Há pessoas que esperam um ano para comprar o volume que saiu a seguir ao que compraram na feira do ano passado. Há pessoas que trazem a lista escrita dos livros que procuram. Há quem entre só porque são livros. Há quem não entre só porque são livros! As crianças portam-se pior do que nunca. Os pais pior ainda! Onde é que vamos chegar? Ninguém lê. Os livros continuam a vender.
O que é que se vende?! De tudo um pouco, A Fórmula de Deus, Ética e Cidadania, Anna Karénina, Quando a Desigualdade Põe em Risco o Futuro, Dicionário Sentimental do Futebol, A Primeira Guerra Mundial, Jóquei, Levante-se o Réu, O Luto de Elias Gro, O Meu Livrinho do Benfica, 1984, Genealogias da Cultura, A Arte da Guerra, Uma Horta Para Ser Feliz, Queres Casar Comigo Todos os Dias, Frozens, Violettas...
São 5 dias de feira do livro na enorme tenda de casamentos no meio da Feira da Luz, ao lado de barraquinhas com colares de cortiça, pérolas e "filigrama" (como perguntava alguém), da caipirinha do tião brazuca, dos animais para adopção, do torrão de alicante, dos cãezinhos de peluche que andam e sabres de luz que falam. Dos carrosséis, do gado, da brincafeira (outro enorme sucesso da feira, organizado pela grande instituição local Oficina da Criança). Concertos de fado, espectáculos de folclore e, este ano, enormíssimo concerto dos GNR com a banda filarmónica de uma associação recreativa da terra (um grande presente oferecido por Montemor a quem esteve na Feira da Luz nesse dia!)
Há quem pinte a casa por causa da feira. Todos marcam um jantar de amigos na feira. Boa feira! Desejam-se uns aos outros.
Esta é a grande festa de Montemor!
As perguntas continuam mas continuam sem resposta! A feira do livro da Feira da Luz de Montemor continua a ser o sucesso do costume.
Há pessoas que esperam um ano para comprar o volume que saiu a seguir ao que compraram na feira do ano passado. Há pessoas que trazem a lista escrita dos livros que procuram. Há quem entre só porque são livros. Há quem não entre só porque são livros! As crianças portam-se pior do que nunca. Os pais pior ainda! Onde é que vamos chegar? Ninguém lê. Os livros continuam a vender.
O que é que se vende?! De tudo um pouco, A Fórmula de Deus, Ética e Cidadania, Anna Karénina, Quando a Desigualdade Põe em Risco o Futuro, Dicionário Sentimental do Futebol, A Primeira Guerra Mundial, Jóquei, Levante-se o Réu, O Luto de Elias Gro, O Meu Livrinho do Benfica, 1984, Genealogias da Cultura, A Arte da Guerra, Uma Horta Para Ser Feliz, Queres Casar Comigo Todos os Dias, Frozens, Violettas...
São 5 dias de feira do livro na enorme tenda de casamentos no meio da Feira da Luz, ao lado de barraquinhas com colares de cortiça, pérolas e "filigrama" (como perguntava alguém), da caipirinha do tião brazuca, dos animais para adopção, do torrão de alicante, dos cãezinhos de peluche que andam e sabres de luz que falam. Dos carrosséis, do gado, da brincafeira (outro enorme sucesso da feira, organizado pela grande instituição local Oficina da Criança). Concertos de fado, espectáculos de folclore e, este ano, enormíssimo concerto dos GNR com a banda filarmónica de uma associação recreativa da terra (um grande presente oferecido por Montemor a quem esteve na Feira da Luz nesse dia!)
Há quem pinte a casa por causa da feira. Todos marcam um jantar de amigos na feira. Boa feira! Desejam-se uns aos outros.
Esta é a grande festa de Montemor!
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
O DEBATE DOS DEBATES NA FONTE DE LETRAS: Apresentação do livro "O Que Fazer Com Este País", de Ricardo Paes Mamede, dia 17 de Setembro, 18H.
A
livraria Fonte de Letras continua a participar activamente na discussão
e construção de Portugal e não pode deixar este momento sem promover o
debate.
Apresentação do livro "Que Fazer Com Este País", de Ricardo Paes Mamede, dia 17 de Setembro, 5ª feira, na Fonte de Letras.
O Que Fazer Com Este País pretende descortinar as origens dos
problemas que hoje enfrentamos e reflectir sobre o futuro de Portugal à
luz dos desafios actuais.
O livro parte de uma questão incontornável: quem são os responsáveis
pelo estado a que chegámos? Menos do que ajustar contas com o passado,
procura desconstruir vários mitos que dominam o discurso público sobre
este tema, em particular a ideia de que os portugueses «viveram acima
das suas possibilidades». Só com uma compreensão menos superficial dos
factores que conduziram à crise portuguesa estaremos aptos a tomar
decisões acertadas sobre o que há-de vir.
A segunda parte do livro é dedicada à discussão sobre o futuro e o que
podemos fazer para o influenciar. Analisam-se, em particular, os
desafios da retoma económica e da criação de emprego, da mudança de
perfil de especialização produtiva, do combate à pobreza e às
desigualdades crónicas, bem como do enquadramento de Portugal na União
Económica e Monetária europeia.
O debate já começou na montra da Fonte de Letras.
Elas (as livreiras) são subversivas. Pensamos que estão apenas
sentados nas secretárias, muito tranquilas e tal. Estão mas é a tramar a
revolução, pá. Eu cá não me meteria com elas.
Michael Moore
terça-feira, 1 de setembro de 2015
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