A livraria Fonte de Letras tem o prazer de convidar para a apresentação do livro Cuidados Paliativos – Testemunhos, com coordenação de Isabel Galriça Neto, editora Aletheia, no âmbito da comemoração do Dia Mundial dos Cuidados Paliativos.
Segue-se um importante debate sobre o tema com a presença da Drª Isabel Galriça Neto (Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos), Drª. Ana Cardoso, Enf. Carla Paiva e Enf. Lucinda Marques.
No sábado, dia 8 de Outubro às 16h.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Jantar de hoje, pág.22
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Um dia de fúria.
O dia de livreiro hoje começou com uma fúria, uma fúria das grandes, contra a fnac e os editores que fazem negócios "fabulosos" em que vendem uma edição inteira exclusivamente para a fnac!
Trata-se do livro "A extraordinária caça ao tesouro que lhe dá 50.000€", Tim Dedopulos, edição Booksmile. Esta será a maior Caça ao Tesouro desde o título ilustrado Masquerade (bestseller internacional) que levou, em 1979, uma nação inteira numa demanda obsessiva por uma barra de ouro enterrada pelo autor do livro. Inicialmente destinado a crianças, Masquerade tornou-se rapidamente numa obsessão para os adultos. O livro continha 15 pistas em imagens, que contavam a história da demanda de Jack Hare em levar um tesouro da Lua para o Sol. Um pote em cerâmica cheio de jóias e uma barra de ouro foi descoberto em 1982, em Beds, apesar de a primeira pessoa a ter encontrado o tesouro ter sido acusada de batota.
Agora o conceito foi adaptado e as pistas para encontrar o tesouro levam o leitor do livro ao google earth. O Desafio começa no dia 16 de Setembro de 2011 e termina no dia 31 de Março de 2012.
O livro fará sem dúvida com que um público difícil como os adolescentes o leia avidamente, fale dele aos amigos; e porá muitos miúdos a ler. Tarefa importantíssima, e em que todos, principalmente os livreiros deveriam estar encolvidos. Não se trata de números, nem de vendas, nem de milhões de euros (esses estão só no título do livro!), mas de uma missão: a de pôr pessoas a ler para que um dia este país possa ser diferente, e melhor.
Ora depois de receber vários emails de divulgação do editor e da distribuidora com pompa, circunstância e até filme, ver o livro anunciado nos blogs dos críticos de literatura, etc, e de ter feito a encomenda do livro há duas semanas e hoje insistir com a distribuidora para saber quando chega o livro, a resposta é que o livro só será vendido na fnac! Toda a edição foi negociada e adquirida pela fnac.
É triste que a Fonte de Letras não possa dizer com alegria aos seus clientes adolescentes ávidos por novidades "está aqui um livro que vais gostar de ler", ou aos pais de meninos que não sabem como os pôr a ler ou às bibliotecas das escolas com quem trabalha normalmente.
Uma notícia destas logo de manhã acaba com o dia de um livreiro.
Trata-se do livro "A extraordinária caça ao tesouro que lhe dá 50.000€", Tim Dedopulos, edição Booksmile. Esta será a maior Caça ao Tesouro desde o título ilustrado Masquerade (bestseller internacional) que levou, em 1979, uma nação inteira numa demanda obsessiva por uma barra de ouro enterrada pelo autor do livro. Inicialmente destinado a crianças, Masquerade tornou-se rapidamente numa obsessão para os adultos. O livro continha 15 pistas em imagens, que contavam a história da demanda de Jack Hare em levar um tesouro da Lua para o Sol. Um pote em cerâmica cheio de jóias e uma barra de ouro foi descoberto em 1982, em Beds, apesar de a primeira pessoa a ter encontrado o tesouro ter sido acusada de batota.
Agora o conceito foi adaptado e as pistas para encontrar o tesouro levam o leitor do livro ao google earth. O Desafio começa no dia 16 de Setembro de 2011 e termina no dia 31 de Março de 2012.
O livro fará sem dúvida com que um público difícil como os adolescentes o leia avidamente, fale dele aos amigos; e porá muitos miúdos a ler. Tarefa importantíssima, e em que todos, principalmente os livreiros deveriam estar encolvidos. Não se trata de números, nem de vendas, nem de milhões de euros (esses estão só no título do livro!), mas de uma missão: a de pôr pessoas a ler para que um dia este país possa ser diferente, e melhor.
Ora depois de receber vários emails de divulgação do editor e da distribuidora com pompa, circunstância e até filme, ver o livro anunciado nos blogs dos críticos de literatura, etc, e de ter feito a encomenda do livro há duas semanas e hoje insistir com a distribuidora para saber quando chega o livro, a resposta é que o livro só será vendido na fnac! Toda a edição foi negociada e adquirida pela fnac.
É triste que a Fonte de Letras não possa dizer com alegria aos seus clientes adolescentes ávidos por novidades "está aqui um livro que vais gostar de ler", ou aos pais de meninos que não sabem como os pôr a ler ou às bibliotecas das escolas com quem trabalha normalmente.
Uma notícia destas logo de manhã acaba com o dia de um livreiro.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Fonte de Letras ESTABLISHED SINCE 16.09.2000 numa pequena cidade do interior.
Numa terra pequena há “capelinhas” - os da rua de cima que não gostam dos do clube do amarelo inimigos dos do partido preto e os que sempre tiveram o sonho de ter uma livraria – só um equilibrista se aguenta sem mossas.
Numa terra pequena as pessoas acabam por ser sempre as mesmas e, se às vezes lhes apetece tagarelar e até fazer confidências, noutros dias é preciso adivinhar que é "dia não”. Um livreiro é um bartender.
Numa terra pequena se o livreiro vai ao ginásio ou à piscina pública tem que se despir e tomar duche ao lado dos seus clientes. No dia seguinte voltamos a dizer “bom dia” com cerimónia.
Numa terra pequena ter uma porta aberta e opinião cívica é estar sujeito a perder clientes, às vezes aqueles que compram mais.
Numa terra pequena um livreiro escolhe a escola dos filhos pelo professor que conhece os melhores livros infantis. Que sorte!
Numa terra pequena conhecem-se as pessoas pelos livros que lêem e sabe-se quem são as pessoas que não lêem.
Numa terra pequena os clientes batem-nos à porta de casa mesmo ao dia de folga, informados pelos vizinhos a quem nunca demos a nossa morada. E é preciso sorrir sempre.
Numa terra pequena o livreiro conhece o amor da sua vida discutindo livros e autores. É romance mas não é ficção.
Helena Girão Santos, 11 anos de livreiro em Montemor-o-Novo.
Fonte de Letras, desde 16.09.2011.
Numa terra pequena as pessoas acabam por ser sempre as mesmas e, se às vezes lhes apetece tagarelar e até fazer confidências, noutros dias é preciso adivinhar que é "dia não”. Um livreiro é um bartender.
Numa terra pequena se o livreiro vai ao ginásio ou à piscina pública tem que se despir e tomar duche ao lado dos seus clientes. No dia seguinte voltamos a dizer “bom dia” com cerimónia.
Numa terra pequena ter uma porta aberta e opinião cívica é estar sujeito a perder clientes, às vezes aqueles que compram mais.
Numa terra pequena um livreiro escolhe a escola dos filhos pelo professor que conhece os melhores livros infantis. Que sorte!
Numa terra pequena conhecem-se as pessoas pelos livros que lêem e sabe-se quem são as pessoas que não lêem.
Numa terra pequena os clientes batem-nos à porta de casa mesmo ao dia de folga, informados pelos vizinhos a quem nunca demos a nossa morada. E é preciso sorrir sempre.
Numa terra pequena o livreiro conhece o amor da sua vida discutindo livros e autores. É romance mas não é ficção.
Helena Girão Santos, 11 anos de livreiro em Montemor-o-Novo.
Fonte de Letras, desde 16.09.2011.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
O fim da festa.
Assim terminou há oito dias a Feira da Luz. Fazendo um balanço da feira do livro, o espanto continua o mesmo, as pessoas adoram livros e a feira é um enorme sucesso! Mas onde estão todas estas pessoas durante o resto do ano? compram livros no supermercado? apenas lêem um livro por ano? Parece que os livros é que andam distantes do público e não o contrário - talvez os livros devam mesmo estar nos supermercados, nas estações de metro e comboio, no meio das ruas... e talvez as livrarias intimidem e afastem.
Certo também é que em tempo de crise, e ao contrário dos anos anteriores, vendeu-se muito menos auto-ajuda e mais ficção. Provavelmente as pessoas perceberam que quando as coisas correm mal vale mais uma boa história para as encantar.
Certo também é que em tempo de crise, e ao contrário dos anos anteriores, vendeu-se muito menos auto-ajuda e mais ficção. Provavelmente as pessoas perceberam que quando as coisas correm mal vale mais uma boa história para as encantar.
sábado, 10 de setembro de 2011
Uma rentrée que promete!
Abrir uma caixa de livros fresquinha e encontrar, assim de repente, três livros que dá vontade de ler, parece uma muito boa rentrée! Vamos ver se a promesa se cumpre e se as boas surpresas continuam pelo ano fora. É claro que deparar com livros bons quando se está a catalogá-los e arrumá-los atrasa o trabalho de um livreiro, que tem mesmo muito para fazer e assim fica perdido durante um bom bocado a ler - mas essa é a parte boa do trabalho.
Ravelstein, Saul Bellow, Quetzal - 16,50€
A Amante Holandesa, J. Rentes de Carvalho, Quetzal - 15,50
Ferrugem Americana, Philipp Meyer, Bertand - 17,76€
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